Precaução por Aerossol: Medidas Cruciais para Reduzir a Transmissão de Doenças

A precaução por aerossol é um conjunto de medidas essenciais adotadas para reduzir o risco de transmissão de doenças que podem ser transmitidas através de partículas em suspensão no ar, conhecidas como aerossóis.

Neste artigo, exploraremos detalhadamente as práticas relacionadas a essa precaução, incluindo a higienização das mãos, o uso adequado de máscaras e a importância do quarto privativo com sistema de ventilação apropriado.

O que é precaução por aerossol?

A precaução de aerossol é uma medida de controle de infecções utilizada no ambiente hospitalar para prevenir a disseminação de doenças que podem ser transmitidas por partículas em suspensão no ar, conhecidas como aerossóis.

Essas partículas são pequenas o suficiente para permanecerem no ar por um período prolongado e podem ser inaladas, resultando na infecção de outras pessoas.

A precaução de aerossol é especialmente indicada para doenças que apresentam alto potencial de transmissão por aerossóis, como a tuberculose, a COVID-19 (causada pelo vírus SARS-CoV-2) e outras infecções respiratórias contagiosas.

Higienização das Mãos: O Primeiro Passo

A higienização das mãos é a base de qualquer precaução, incluindo a precaução por aerossol.

Os profissionais de saúde devem seguir as diretrizes estabelecidas no protocolo institucional, observando os cinco momentos para essa prática durante a assistência.

Ao lavar as mãos adequadamente, os profissionais evitam a disseminação de microrganismos e garantem a segurança tanto do paciente quanto de si mesmos.

Máscara N95: Proteção Efetiva

A máscara do tipo N95 é obrigatória para todos os profissionais que prestam assistência ou realizam procedimentos em pacientes com suspeita ou confirmação de doenças transmitidas por aerossóis.

Essa máscara possui capacidade de filtrar partículas com diâmetro inferior a 3µm, garantindo uma proteção eficaz contra as partículas presentes no ar.

A máscara deve ser colocada antes de entrar no quarto do paciente e somente retirada após a saída do mesmo.

Além disso, o paciente também deve utilizar máscara cirúrgica durante o transporte.

Quarto Privativo com Ventilação Adequada

A internação do paciente com suspeita ou confirmação de doenças transmitidas por aerossóis deve ocorrer em um quarto privativo com a porta fechada.

O ideal é que esse quarto disponha de um sistema de ventilação com pressão negativa e, no mínimo, seis trocas de ar por hora, utilizando filtro HEPA (High-Efficiency Particulate Air).

Essas medidas ajudam a conter a propagação dos aerossóis, reduzindo o risco de contaminação de outros pacientes e profissionais.

Quando Não Houver Quarto Privativo?

Em situações em que não houver disponibilidade de quarto privativo com sistema de ventilação adequado, o paciente pode ser internado junto a outros pacientes que estejam infectados pelo mesmo microorganismo.

Entretanto, pacientes com suspeita de tuberculose resistente ao tratamento não devem compartilhar o mesmo quarto com outros pacientes que tenham tuberculose, pois isso aumenta o risco de disseminação da doença.

Quais doenças deve-se utilizar a precaução por aerossol?

A precaução por aerossol é geralmente recomendada para doenças que podem ser transmitidas por partículas em suspensão no ar, conhecidas como aerossóis.

Essas doenças são causadas por patógenos que têm a capacidade de permanecer no ar por um período prolongado e podem ser inalados, resultando na infecção de outras pessoas.

Algumas das doenças para as quais a precaução por aerossol pode ser indicada incluem:

Tuberculose

A tuberculose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis.

A transmissão ocorre quando uma pessoa infectada tosse ou espirra, liberando aerossóis que contêm as bactérias no ar. Inalar esses aerossóis pode resultar na infecção por tuberculose.

SARS-CoV-2 (COVID-19)

A COVID-19 é uma doença respiratória causada pelo vírus SARS-CoV-2. A transmissão ocorre principalmente através de gotículas respiratórias quando uma pessoa infectada tosse, espirra, fala ou canta.

No entanto, também há evidências de que o vírus pode permanecer no ar por períodos prolongados em ambientes fechados e mal ventilados, o que pode aumentar o risco de transmissão por aerossóis em certas situações.

Sarampo

O sarampo é uma doença altamente contagiosa causada pelo vírus do sarampo.

A transmissão ocorre através do contato com gotículas respiratórias de uma pessoa infectada, que podem permanecer no ar por um tempo após o indivíduo ter saído do ambiente. Isso significa que os aerossóis podem ser uma forma de transmissão do sarampo.

Varicela (catapora)

A varicela é uma doença viral altamente contagiosa causada pelo vírus varicela-zoster. A transmissão ocorre através do contato com gotículas respiratórias de uma pessoa infectada, que podem conter o vírus em forma de aerossol.

Influenza (gripe)

A influenza é uma doença respiratória contagiosa causada pelo vírus influenza.

A transmissão ocorre principalmente através do contato com gotículas respiratórias de uma pessoa infectada, mas também é possível que o vírus seja transmitido através de aerossóis em certas condições.

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Conclusão

A precaução por aerossol é uma abordagem crucial para a prevenção da transmissão de doenças através de partículas em suspensão no ar.

A higienização das mãos, o uso adequado da máscara N95 e a internação em quarto privativo com ventilação adequada são medidas essenciais que protegem tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde.

Ao seguir rigorosamente essas práticas, é possível reduzir significativamente o risco de infecções cruzadas e garantir um ambiente hospitalar mais seguro e saudável para todos.